Hormônios, doenças e calvíce são causas comuns
da queda de cabelos
Foto: Danilo Borges
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No inverno é de praxe que você sinta que seu cabelo cai mais do
que no restante do ano. E dois fatores são importantíssimos para que
você tenha essa sensação. O primeiro é que, segundo os especialistas,
como os dias são mais curtos, e o cabelo precisa de luz para viver, ele percebe a reação de maior e menor luminosidade dos ambientes. “Essa mudança diminui o estímulo da divisão celular, o que gera um número menor de fios e ainda enfraquece a raiz. Resultado: além de o cabelo cair mais rápido, ele também nasce mais devagar no inverno”,
diz Vanessa Penteado, dermatologista da Clínica Pantheon (SP). O
segundo fator é que normalmente se perde entre 60 e 100 fios por dia.
“Eles se referem à taxa de 10% dos fios do couro cabeludo que estão na
fase telógena (de queda). Se temos 100 mil, caem 100 por dia”, lembra
Maria Fernanda Gavazzoni, dermatologista e membro da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (RJ). No entanto, se a mulher não lava o
cabelo diariamente, acumulam-se os fios soltos presos entre os demais.
Por isso pode ter a sensação de que está perdendo 600 fios de uma só
vez, quando não é verdade.”
Eflúvio telógeno
Durante a gestação, os hormônios entram
em ação, e a progesterona, por exemplo, é a responsável por deixar os
fios mais volumosos, sedosos e bonitos. “Os hormônios da gravidez fazem
que a fase de crescimento, a anágena, dure por mais tempo, fazendo que o
cabelo fique realmente mais encorpado”, afirma Helua Gazi. Depois de
dois ou três meses após o parto, os níveis de hormônio novamente se
alteram e o cabelo se modifica. “Chamamos esse tipo de queda de cabelo
‘programada’. Nesse período, muitos fios vão se encontrar na fase
telógena (queda) e acabam caindo muito mais do que o normal”, explica.
Mas o eflúvio telógeno não ocorre somente após a gestação. Muitas vezes,
ele acontece depois de procedimentos cirúrgicos, agressão emocional,
deficiência alimentar, cansaço intenso e processos infecciosos. O normal
é ter 10% apenasde folículos na fase telógena, mas no momento pós-parto
pode-se chegar a 50%. “Há casos em que o fenômeno de queda pode se
prolongar por mais de seis meses, mas são raros”, alerta Murilo
Drummond, dermatologista e professor titular do Instituto de
Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (RJ).
Alopecia areata
Conhecida popularmente como “pelada”, é
uma doença que atinge igualmente homens e mulheres, caracterizando-se
pela queda repentina dos pelos nas áreas afetadas, sem alteração da
superfície cutânea. “Geralmente há formação de placas arredondadas, nas
quais não há crescimento do cabelo. Pode ocorrer em qualquer região onde
haja pelos, como no couro cabeludo, na barba, etc.”, exemplifica Helua
Gazi. Entre as possíveis causas, estão uma predisposição genética que
seria estimulada por fatores desencadeantes, como o estresse emocional e
fenômenos autoimunes. “Nesse caso, empregam-se tratamentos locais com o
intuito de reduzir o processo inflamatório.”
Alopecia androgênica
É a famosa calvície. “É uma manifestação
fisiológica que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos levando
à queda do cabelo, que sofre um processo de miniaturização. A herança
genética pode vir do lado paterno ou materno”, afirma Helua Gazi. A
alopecia androgênica é o resultado da estimulação dos folículos pilosos
por hormônios masculinosque começam a ser produzidos na adolescência
(testosterona). “Ao atingir o couro cabeludo de pacientes com tendência
genética para a calvície, a testosterona sofre a ação de uma enzima, a
5-alfa-redutase,e é transformada em di-hidrotestosterona (DHT). É a DHT
que vai agir sobre os folículos pilosos, promovendo a redução
progressiva a cada ciclo de crescimento do cabelo, que vai se tornando
menor e mais fino. O resultado é a calvície”, explica a dermatologista.
Segundo ela, nesse caso, assim como na alopecia androgenética feminina, o
tratamento visaao prolongamento da vida útil dos folículos pilosos
retardando ou interrompendo o processo de queda do cabelo. E isso pode
ser feito por meio do uso de substâncias aplicadas diretamente no couro
cabeludo,como o minoxidil, ou com medicamentos por via oral, como a
finasterida, que recentemente passou a ser indicada para as mulheres.
Esta matéria foi retirada do site http://corpoacorpo.uol.com.br/cabelo/tratamentos/conheca-3-causas-da-queda-dos-cabelos/3891.
Postei no blog para efeito de teste.
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